27 de abril de 2023
Bem sabemos que o papel da tecnologia na Educação é crescente, ininterrupto. Os estudantes têm constituído públicos cada vez mais exigentes. E, como não poderia deixar de ser, as transmissões dos conteúdos têm sido remodeladas de acordo com as novas demandas e as reais possibilidades financeiras (e estruturais) de cada instituição.
Nesse contexto, a “aprendizagem maker” constitui uma das alternativas que mais têm sido propagadas nesses novos tempos. Através dela, os estudantes dividem o protagonismo no processo de ensino-aprendizagem junto aos professores e as aulas se fazem muito mais dinâmicas e produtivas. Por isso é tão importante que que as escolas incentivem, de forma cada vez mais intensa, o desenvolvimento da chamada “cultura maker”. Mas quais são, de fato, os aspectos positivos associados a essa metodologia?
Aulas teóricas não bastam. Para que um aprendizado pleno possa ocorrer, os estudantes precisam ver, na prática, a viabilidade dos conteúdos que lhes são apresentados. E esse é exatamente um dos pilares da “cultura maker”: uma aprendizagem que tem a ação como uma das suas maiores aliadas.
Outra forma de se turbinar o nível de entendimento dos alunos tem a interdisciplinaridade como base e isso é algo também muito priorizado pela “cultura maker”. Por meio da relação que é estabelecida entre diferentes disciplinas – com foco na explanação de determinado assunto – os alunos passam a ter uma visão mais ampla acerca do tema tratado. Isso ajuda no processo de retenção das informações e também auxilia no desenvolvimento do senso crítico e do repertório argumentativo dos jovens. Além, claro, de ajudar os estudantes a desenvolverem habilidades voltadas para a realização de trabalhos em equipe.
Vale ressaltar ainda que a “cultura maker” vai ao encontro de alguns direcionamentos importantes que são expostos pela Base Nacional Comum Curricular – BNCC. A saber: o desenvolvimento da criticidade e do raciocínio científico.
Algumas ações simples podem fazer total diferença nesse contexto. Que tal se pensar, primeiramente, na viabilização de um espaço próprio, dentro da instituição, que seja voltado de forma direta para as atividades que tenham a aprendizagem maker como base? Que tal fazer com que a equipe de professores não só fique totalmente por dentro dessa nova estruturação de ensino, como também seja a principal “defensora” da mesma junto aos alunos? Um tanto mais à frente, que tal se promover desafios, workshops, oficinas e intercâmbios entre comunidades makers? Que tal buscar parcerias que possam auxiliar de forma qualificada na implementação de todas essas mudanças estruturais e metodológicas na instituição de ensino?
Em suma, esses tendem a ser os primeiros passos a serem dados para que a tão promissora “cultura maker” possa ganhar, aos poucos, o protagonismo merecido dentro das escolas e de, de forma mais geral, dentro um segmento que não vai parar de ser abraçado pela tecnologia e pela inovação.