25 de novembro de 2022
“O mal da igualdade é que nós só a queremos ter em relação aos nossos superiores”. Essa potente reflexão do dramaturgo francês Henry Becque nos ajuda a despertar para um tema que às vezes não é levado em conta como deveria. E, logicamente, o ambiente escolar está incluso nisso. Mas você sabe como?
Bem, o preconceito e a discriminação que são focados na capacidade das pessoas (geralmente pessoas com deficiência) recebe o nome de “capacitismo”. Nesse sentido, o uso de expressões como “retardado”, “mais perdido que cego em tiroteio”, “desculpa de aleijado é muleta”, “piadas” de péssimo gosto, atribuições de “apelidos”, dentre outras tantas práticas consideradas abusivas, não são ações exatamente raras de serem praticadas e percebidas entre os estudantes.
A ideia aqui deve girar em torno de uma proposta de ensino inclusiva. Isso pode ajudar no processo de desconstrução de padrões que geram preconceito e discriminação contra pessoas com deficiência. Ações que promovam o tema “diversidade” entre os alunos também são sempre muito bem-vindas. Além disso, a cessão de voz e espaço às crianças e adolescentes que vivenciam de forma mais direta os inúmeros desafios relacionados a esse contexto deve ser considerada. Vale ressaltar também a importância de professores e demais colaboradores do colégio não tratarem de maneiras diferenciadas essas pessoas. Apesar de todas as dificuldades, todos nós temos potencial para sermos brilhantes.
Como se sabe, o dia 3 de dezembro marca o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. E, claro, essa data também precisa ser parte do calendário escolar. A luta em prol da igualdade no colégio pode ser coroada com atividades super criativas e descoladas que visem conscientizar os alunos (das mais diversas faixas etárias) acerca do tema em questão.
Outra medida essencial é que os educadores mostrem aos estudantes quão erradas e prejudiciais são as chamadas “expressões capacitistas” (ilustradas no 2º parágrafo desta matéria). Os alunos devem ser orientados no sentido de não as usar de forma alguma, e convidados para reflexões não apenas em torno dessas expressões, mas de outras práticas preconceituosas, discriminatórias, segregacionistas.
E aí, sua escola combate de forma efetiva o capacitismo? Que outras ações você, enquanto gestor (a) educacional, pode sugerir visando o fortalecimento dessa atmosfera de igualdade na sua instituição?