14 de abril de 2023
No dia 11/04, o professor e consultor pedagógico da Vortex Educação, Glayson Machado, marcou presença no Programa Ideias em Debate – Negócios, Mercado, Inovação, do Sistema O Dia. A pauta trabalhada foi “tecnologia aliada à educação” e muitos pontos importantes vieram à tona a respeito desse tema. Muito interessante, né? Então, para que você fique bem por dentro acerca da participação do professor Glayson, é só ler nossa matéria na íntegra, vamos lá?
Um aspecto que foi abordado inicialmente tratou do fato de muitas instituições de ensino ainda não poderem oferecer uma estruturação tecnológica compatível com as demandas do ensino atual. Segundo ele, essa desigualdade constitui algo que precisa ser amplamente revisto e, claro, combatido: “O primeiro passo é investir mesmo na transmissão de dados. Você não pode ter um local no qual o aluno tenha interesse de assistir aula, tem o professor que quer dar aula e ele não tem as ferramentas para poder fazer isso (da melhor forma) ”, afirma Glayson.
Para ele, o investimento na melhor preparação dos professores é sim muito importante, porém isso precisa ser vinculado a uma formação que possibilite aos mesmos uma imersão no que determinadas ferramentas tecnológicas têm a oferecer em prol da otimização do processo de ensino-aprendizagem. Afinal, “a gente aprende em torno de 20% do que a gente ouve; 40% do que a gente vê e chega a 90% quando a gente interage (com os conteúdos que nos são apresentados) ”, pontua.
Diante de um cenário tão dinâmico e, por vezes, tão desafiador, o que pode ser feito para que as possíveis dificuldades relacionadas a esse processo de adaptação sejam minimizadas por parte dos educadores? Glayson sugere: “você (o profissional da educação) tem que estar sempre muito atualizado. Se você está ouvindo, assistindo um jornal, lendo uma reportagem que fala sobre uma nova tecnologia, vá pesquisar. Você vai estar adquirindo conhecimentos e vai poder evidentemente se sentir à vontade dentro de uma sala de aula onde sua clientela é formada por jovens muito antenados em tecnologias”.
Nesse sentido, nem mesmo as limitações orçamentárias devem ter o poder de frearem a busca por esses novos e necessários conhecimentos: “ (vamos supor:) você não tem condição de comprar, por exemplo, um óculos de realidade virtual, porque é caro. Mas você pode assistir vídeos no Youtube sobre como se utiliza, como é que (o óculos de realidade virtual) funciona. Você não tem condição de comprar um óculos de realidade aumentada, porque também é caro, (e porque) é uma tecnologia que, às vezes, é até difícil de você encontrar, mas você tem uma quantidade enorme de vídeos mostrando como é que se utiliza essa tecnologia. Isso é importante para que dentro da sala de aula, quando alguém falar sobre isso, você tenha argumentos para poder levar aos alunos”, garante.
O programa em questão abordou também aspectos da tecnologia (no contexto educacional) que podem ser prejudiciais, especialmente para os aprendentes mais jovens. De acordo com Glayson, não só as escolas, mas também as famílias dos estudantes precisam ser muito atuantes no combate aos possíveis excessos relacionados aos usos dessas ferramentas, bem como à atmosfera individualista que pode vir a ser incentivada erroneamente em decorrência da utilização desmedida de tais recursos: “eu acho que a gente deve estimular atividades em grupo. Por conta desse isolamento que a digitalização do nosso cotidiano produziu, é papel de quem trabalha na área (estimular atividades que promovam a socialização) ”. Em suma, “a tecnologia a gente tem que abraçar. Mas temos que abraçar a tecnologia com responsabilidade e ética”, finaliza.
Caso você queira conferir o programa do início ao fim, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=ltFmoFVemxI .